07/04/2025
A administração frequente e indiscriminada de medicamentos pode acarretar diversos riscos à saúde infantil, exigindo atenção redobrada dos pais. Crianças têm o organismo ainda em formação, o que as torna mais vulneráveis aos efeitos adversos, especialmente quando medicamentos são usados em excesso ou sem orientação médica adequada.
Uma das consequências mais preocupantes da medicação excessiva em crianças é o risco de intoxicação. Medicamentos comuns, como analgésicos e antitérmicos, quando administrados acima das doses recomendadas, podem provocar danos hepáticos graves ou problemas renais. Além disso, remédios como tranquilizantes ou sedativos, utilizados indevidamente, podem levar a efeitos perigosos como sonolência extrema, problemas respiratórios e complicações neurológicas.
Outro perigo significativo é mascarar sintomas importantes. Administrar medicamentos continuamente, sem investigar corretamente a origem dos sintomas, pode esconder doenças graves que necessitariam de um diagnóstico e tratamento apropriados. O uso contínuo de analgésicos, por exemplo, pode camuflar sintomas de infecções ou outras condições médicas sérias, atrasando diagnósticos essenciais.
“A automedicação infantil é uma prática arriscada que pode comprometer seriamente o desenvolvimento saudável das crianças, sendo imprescindível seguir sempre as orientações médicas”, orienta Bruno Alencar, assessor pedagógico do Colégio Anglo Itapema.
Além dos riscos imediatos à saúde física, há ainda o perigo do desenvolvimento da resistência bacteriana devido ao uso inadequado de antibióticos. Administrados sem critérios ou prescrições corretas, esses medicamentos deixam de eliminar totalmente as bactérias causadoras das infecções, resultando em microrganismos mais resistentes e difíceis de combater.
É também essencial que os pais estejam atentos às possíveis alergias medicamentosas, observando reações adversas como erupções na pele, inchaços, vômitos ou dificuldade respiratória após o uso de algum remédio. Caso ocorra qualquer reação estranha, o medicamento deve ser suspenso imediatamente, com a busca imediata de orientação médica.
A melhor maneira de proteger as crianças contra esses perigos é sempre consultar um pediatra antes de administrar qualquer medicamento. Seguir rigorosamente as prescrições médicas, respeitando as dosagens e os horários estabelecidos, é indispensável. Os medicamentos devem ser guardados em locais seguros, longe do alcance das crianças, e somente aqueles prescritos especificamente para uso pediátrico devem fazer parte da farmacinha doméstica. Para saber mais sobre remédios para crianças, visite https://oglobo.globo.com/saude/saiba-quais-sao-os-riscos-de-usar-remedios-em-criancas-sem-orientacao-pediatrica-5106276 e https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/perigos-da-automedicacao-em-criancas.htm