31/03/2025
Identificar precocemente os sinais da seletividade alimentar em crianças ajuda a promover uma alimentação equilibrada e prevenir impactos negativos à saúde física e emocional. A seletividade alimentar é caracterizada pela forte resistência da criança em experimentar novos alimentos, limitando-se frequentemente a um pequeno grupo de alimentos repetitivos e com pouca variação nutricional.
Crianças seletivas frequentemente demonstram resistência clara durante as refeições, seja através de birras, demora excessiva para comer ou negociações constantes sobre o que foi colocado no prato. Em alguns casos, a simples visão ou o aroma de alimentos diferentes podem causar náuseas e até vômitos. Além disso, esses comportamentos podem se estender além do ambiente doméstico, interferindo em situações sociais como festas e passeios escolares, onde a criança evita participar por medo ou desconforto com os alimentos oferecidos.
Existem alguns fatores que podem indicar que a seletividade alimentar ultrapassou o limite do desenvolvimento natural infantil e requer atenção especial dos pais. Uma alimentação baseada em pouquíssimas opções, quase sempre as mesmas, e uma recusa persistente e intensa em experimentar qualquer alimento novo são sinais claros dessa condição. Da mesma forma, é preciso ficar atento quando as refeições se transformam em momentos de tensão, causando ansiedade tanto para as crianças quanto para os adultos envolvidos.
Segundo Bruno Alencar, assessor pedagógico do Colégio Anglo Itapema, "a seletividade alimentar requer compreensão e paciência dos pais, além de estratégias bem definidas para melhorar a aceitação dos alimentos".
As causas da seletividade alimentar são variadas e podem incluir desde aspectos genéticos até experiências sensoriais negativas. Algumas crianças têm sensibilidade aumentada a determinadas texturas, sabores e odores, o que gera desconforto imediato diante de alimentos desconhecidos. Experiências anteriores relacionadas a refluxo, dores abdominais ou alergias alimentares também podem levar a associações negativas, criando resistência a novos alimentos.
O tratamento adequado da seletividade alimentar envolve abordagens práticas e consistentes, que vão desde o envolvimento da criança na escolha e preparo das refeições até a criação de um ambiente tranquilo e sem pressões durante as refeições. Bruno Alencar complementa que "participar ativamente das refeições e estimular, sem forçar, ajuda a criança a desenvolver confiança e curiosidade pelos alimentos".
Além disso, é fundamental a parceria com profissionais de saúde como nutricionistas, pediatras e psicólogos, que podem oferecer orientações personalizadas para cada caso específico, ajudando a criança a superar as barreiras sensoriais e emocionais. Para saber mais sobre seletividade alimentar, visite https://www.educarenutrir.com.br/blog/16/seletividade-alimentar-na-infancia-como-tratar e https://www.ipgs.com.br/seletividade-e-neofobia-alimentar-na-infancia/